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The Sun Green Hills

Conversas de café e outros devaneios...

greendale

quinta-feira, outubro 13, 2005

Miranda do Douro e o Mirandês

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Remiscências de uma sub-cultura que engradece e enriquece ainda mais a já por si ampla cultura portuguesa e que ganha especial expressão na existência do Mirandês, o único dialecto falado em território nacional, isto para além da Língua Portuguesa... naturalmente.
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O Mirandês assemelha-se a uma mistura de português e castelhano. É falado no Concelho de Miranda do Douro e nalgumas áreas afins. A sua existência não é novidade, mas o conhecimento que nos chega acerca da realidade sócio-cultural que ali se desenvolve é parco, ou quase nulo. Já não dizia Pessoa que a sua Pátria era a Língua Portuguesa?! Não será um idioma a base de uma verdadeira Pátria, independentemente de, institucional e culturalmente, estar integrado noutra de carácter mais amplo?! Pois creio que sim.. E nessa Pátria construída pela Língua Portuguesa encontramos também, certamente e com orgulho, o Mirandês.

Tenho vivido com uma enorme curiosidade em conhecer Miranda do Douro e em ouvir Mirandês. Especialmente por querer observar pessoas portuguesas a cruzarem o seu quotidiano num outro idioma.

A existência do Mirandês tem sido (re)vitalizada pelas entidades locais, cujas lutas e respectivas medidas como consequência levaram a que, por exemplo, o seu ensino tenha sido oficializado nas Escolas sediadas na área.

Todos os anos ocorrem também festivais de literatura, músicas, cantares e danças em Mirandês, das quais ganham especial relevo os (infelizmente pouco) consagrados "Pauliteiros de Miranda".

A cidade de Miranda do Douro tem no solarengo dia 10 de Julho o seu dia e neste desenvolve muitas destas actividades. Quem aceita desafiar esta jornada?! É só pôr a mochila às costas... e vamos lá conhecer estes Mirandeses de Portugal! É tão importante quanto urgente!

domingo, outubro 09, 2005


Jimi Hendrix.
Corria por mim a adolescência e ouvia pouquíssimo esse mito, esse norte- americano que, por não ser bem entendido nos states, procurou quem o pudesse compreender, noutro lugar. E foi em Inglaterra que encontrou quem tremia com a arte que Jimi dedilhava. E começavam a ser cada vez mais esses que encontravam na música de Hendrix a satisfação das suas curiosidades, que incidiam, como hoje, nessa boa onda que é, ao fim ao cabo, a evolução.
Num desses passeios que se dão com a mãe e o mano, eu e eles, fomos parar a Aveiro, para ser mais preciso, à Torreira, por ocasião de uma visita a uma amiga da minha mãe. Palmilhávamos por entre uma feira (tipo da ladra) e entre uma banca (manta estendida no chão) de livros em segunda mão, velhos, e uma outra de selins (gamados, com toda a certeza), se encontrava um pirata. Pirata mas não de perna de pau, zarolho, e de gancho, mas sim um vendedor de CD's pirateados. Perguntei quanto custava cada um. 500 paus foi a resposta. Achei pouco e pedi o dinheiro à minha mãe. Comprei um álbum de Jimi Hendrix sem título, nem livrinho com letras ou desenhos. Não tinha a Hey Joe nem qualquer outra música que eu conhecesse. Tinha um concerto gravado ao vivo em local desconhecido com uma dose de improvisações bastante acentuada. Ouvi-o vezes sem conta...!
Compreender Jimi Hendrix é, explorares-te.