.comment-link {margin-left:.6em;}

The Sun Green Hills

Conversas de café e outros devaneios...

greendale

quarta-feira, dezembro 21, 2005



... mas para criar o quê?

Quando em amena cavaqueira com dois amicíssimos meus abordámos o conceito de liberdade, ainda que de raspão, a controvérsia surgiu. No caso concreto a esgrima argumentativa pisava os extremos do solo político. Se por um lado eu defendia a não conivência para com os partidos de extrema direita, por outro lado os meus dois amigos confrontavam-me com um olhar sobre a esquerda do canto e seus dois partidos mais notados (bloco e pc). Aí reparei na minha incoerência. Mas, como defendo, por vezes, a necessidade desta, vi-me obrigado a olha-la de vários ângulos de forma minuciosa para chegar à seguinte questão: Pode a liberdade acolher na sua essência elementos que a coloquem em risco? Na minha simples opinião, julgo não ser responsável deixar que ameaças à liberdade, como o são os extremos políticos e as suas políticas radicais, atentem desenfreadas ao seu conceito. Já morreram e continuam a morrer demasiadas pessoas por se pensar que a liberdade não tem regras. É tempo de aprendermos a conviver com os limites que o respeito pela humanidade nos impõe. E esse respeito não é ser condescendente com xenofobia ou racismo, nem com a convivência com tais ideologias. É nosso dever defender uma liberdade que livre os cidadãos de agressões físicas ou psicológicas. Todos, sem excepção.

A minha incoerência, desta vez, foi uma falha na precisão do meu raciocínio. O desafio é rever as bases do nosso senso sem que seja necessário coloca-los em exercício.

Liberdade para criar. Mas para criar o quê? Fica a resposta ao vosso cuidado.

3 Comments:

Blogger Kata said...

Respondo com o clichy do costume, mas que existe pela sua aplicabilidade: a liberdade de uns acaba onde começa a dos outros. E se por mim, outro tem a sua liberdade condicionada essa liberdade deixa de o ser, pois já não é entendida no seu sentido global/total (o seu verdadeiro eixo) mas num sentido (r)estrito e excepcional.

A teoria política nem sempre tem a melhor transição para a prática, por isso já não sou capaz de ver nem esquerdas nem direitas, mas sim uma circulo em que cada um se põe conforme conveniência.

A questão fundamental prende-se, assim e acima de tudo, com o respeito pelo Ser Humano, pela compreensão da sua individualidade e diferença (quem é que acredita que somos todos iguais?) mas também pelo bem estar comum. A História por si só responde à necessidade da questão da existência ou não das politicas extremistas e radicais! Quantos dos apoiantes da esquerda (nos quais, a espaços, me incluo...) se identificam ou reconhecem mérito no holocausto que foi a URSS e que ainda é a China. O mesmo com os de direita em relação a Hitler, Mussolini, Franco ou Salazar. A repetir? Não me parece...

Acreditanto na viabilidade dos Estados-Nação enquanto projecto social e comum dos habitantes que deles fazem parte e que com ele se identificam, tenho de aceitar e assumir a possibilidade de este Estado, enquanto pessoa colectiva defender o comum dos cidadãos da barbárie que é a falta de liberdade, mesmo que surgida através de meia de dúzia que reclamam o seu usufruto.

Acreditar na existência de pressupostos políticos vindos por parte de gente conceptualmente adoecida não me parece o caminho mais adequado, pois para alguns poderem dizer/fazer a real merda que lhes sai da cabeça (menos mau) e das mãos (decadente) outros (muitos mais) terão como consequência a limitação da sua existência.

Liberdade para todos? Sim. Mas com pulso...

Nota: isto em relação aos partidos políticos extremistas. No que toca a tudo o resto, o problema já se põe de outra forma.

9:35 da tarde  
Blogger Kata said...

Outro ponto, a meu ver, fundamental:

A Liberdade não é a causa que permite fazer aquilo que quero. É sim a consequência daquilo que faço ou não.

Sou livre para matar quem quiser. Mas, certamente, deixarei de o ser depois disso.

É apenas uma questão conceptual...

9:41 da tarde  
Blogger Kata said...

A proposito:

vale a pena visitar o site http://www.politicalcompass.org/

A ver que orientaçao politica temos cada um...

:)

11:37 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home