Lusofonia (I)

A dificuldade em perceber o real significado desta palavra maior começa no preciso momento em que se procura por ela num qualquer dicionário.
Numa das muitas conversas, que correram soltas de qualquer rédia, com um amigo que tem a sorte de fazer o seu dia-a-dia num desses muitos espaços lusófonos ( como mandam as leis, estrangeirismos, vão em itálico) - mais precisamente na África continental, especificamente em Angola, Luanda - um dos assuntos abordados, foi, como deixa prever o título deste post, a Lusofonia. Discutimos a sua importância e o seu papel e nunca nos passou pela cabeça falar da sua existência ou inexistência.
Bom , mas antes de quase tudo, e poupando-vos de larga e aturada pesquisa, aqui fica o seu significado encontrado na internet (http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx), já que no papel ela teimou em não figurar. Lusofonia - adopção da língua portuguesa como língua oficial, por quem não a tem como língua vernácula; o falar português.
O que é inaceitável é que esta palavra não se passeie vulgarmente por aí, no mínimo é o que se pede. E isto deve pedir-se ou não fosse a Lusofonia esse espantoso espaço de promoção de cumplicidades, e fonte de cooperação e entendimento entre diferentes culturas sem conhecer o que quer dizer fronteiras, ou barreiras, como queiram. A Lusofonia é muito mais que isto e não figura em muitos dos dicionários e enciplopédias em que supostamente deveriamos confiar.
Para terminar este capítulo denuncio que na enciclopédia do Público o mais parecido que eu encontrei foi a palavra «lusofobia».
No próximo capítulo proponho que se fale do que é a Lusofonia, enquanto conceito, ultrapassada que foi a fossa.
Até já!
A discussão continua neste particular espaço lusófono: http://angolapelosmeusolhos.blogspot.com/