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The Sun Green Hills

Conversas de café e outros devaneios...

greendale

domingo, março 26, 2006

Imagens em movimento


O cinema, o meu tema preferido para conversas de café, é feito de imagens em movimento. O David Cronenberg é um dos realizadores que melhor trabalha imagens. Para prová-lo está aí Uma História de Violência. O argumento é muito bom, mas o que é realmente extraordinário no filme são as imagens. Não apenas por serem visualmente espectaculares, mas por todo o seu simbolismo. Imagens de deformação (imagem de marca de David Cronenberg), como cicatrizes ou um coxear, povoam o filme à medida que a vida da família protagonista do filme se vai desmoronando. As cenas de tiroteio e pancada (novidade em Cronenberg) e as de sexo fazem-nos suster a respiração e deixam-nos o coração a bater mais depressa. É este o poder do cinema!

quinta-feira, março 23, 2006

"Pai" do LSD quer reabilitar a invenção


Aos 100 anos, o químico suíço Albert Hofmann, deseja que a substância seja de novo autorizada


Zurique, Suíça, 11 Jan (Lusa) - O químico suíço Albert Hofmann, que descobriu o LSD há mais de 60 anos, festeja hoje o centésimo aniversário e aproveitou a ocasião para tentar reabilitar uma invenção que afirma ter efeitos paliativos.
Hofmann receberá este fim-de-semana em Basileia, onde sempre viveu, as homenagens de sábios do mundo inteiro num simpósio dedicado àquela substância alucinogénia hoje totalmente proibida que descobriu por acaso, no seu laboratório, em 1943.
O cientista, que nada tem a ver com a família Hoffmann-LaRoche, do grupo Roche, fez toda a sua carreira de investigador na Sandoz, um dos três grandes grupos farmacêuticos de Basileia, entre 1929 e 1971.
Foi ali que descobriu "por acaso" aquela droga alucinogénia, ao deixar cair na mão uma gota de uma substância química que estava a estudar, a dietilamida do ácido lisérgico (LSD 25). Logo a seguir, o cientista sentiu estranhas sensações, angústias, vertigens e alucinações.
Três dias depois, voltou a testar o produto, dessa vez voluntariamente, e sentiu os mesmos efeitos.
"O ‘eu’ desaparece dando lugar a um estado místico, o céu e a terra misturam-se, sente-se que se faz parte do Universo, entra-se num novo estado de consciência", explica Hofmann, numa descrição dos efeitos do LSD.
Sob o seu efeito, acrescenta, vive-se, ouve-se e sente-se de modo diferente, muito intenso, e isso só com uma dose mínima.
A Sandoz produziu o LSD em drageias e ampolas entre 1947 e 1966, data da sua proibição, quando se convertera na droga favorita dos grupos "hippies" dos anos 60.
Antes, a substância era sobretudo usada em psiquiatria para tratar doentes amorfos, que já não reagiam a nenhum medicamento.
Com o LSD, esses doentes "estavam estimulados, despertos num certo sentido", diz hoje Hofmann numa entrevista ao jornal Tages Anzeiger.
O químico reformado deseja ardentemente que a substância seja de novo autorizada. "A proibição total do LSD foi uma iniciativa dos EUA, que quiseram assim conter os efeitos devastadores da droga", lembra Hofmann.
"Mas é preciso que isso mude, e espero que este congresso em Basileia possa contribuir", afirmou, aludindo ao simpósio internacional que decorre este fim-de-semana no Centro de Congressos de Basileia.
Segundo Hofmann, o LSD ajuda a aliviar os sofrimentos, sobretudo nos doentes em fim de vida, quando a morfina já não tem efeitos.
Investigadores europeus e norte-americanos de primeiro plano também se pronunciaram por uma atenuação da proibição do LSD na investigação e na terapia.
O cientista centenário adverte todavia que a absorção irreflectida de LSD pode ser extremamente perigosa e que não se sabe o que contêm as pílulas vendidas às escondidas.

Worth1000


Os mestres do Photoshop.

http://www.worth1000.com


Site muito bom de fotografia trabalhada e nao só.
Podes sempre participar

Ogame


Vem conquistar o Universo e traz amigos ou mesmo inimigos. Junta-nos a nos os "Evil Empire". Caso tenhas algum interesse clika no link e regista-te. Nós os "EE" estamos no Universo 7. Depois de te registares juntan-te a aliança "Evil Empire" Com o TAG de "EE". Boa sorte amigo.

http://www.ogame.org/

Do que se trata o OGame ?
OGame é um jogo de conquista inter Galáctica. Começas com apenas um mundo sem desenvolvimento e tens de o transformar num vasto império para poderes defender as tuas dificeis e conseguidas colônias. Cria uma infraestrutura militar e finaceira que suporte a tua necessidade para as próximas grandes descobertas tecnologicas . Entra em guerra com outros Impérios na conquista de materiais. Negoceia com outros Imperadores e cria alianças ou troca recursos necessarios. Constroi uma armada para conquistares o universo. Podes fazer o que quiseres, o OGame deixa-te fazer. Vais aterrorizar a tua area? Ou vais forçar o medo nos corações dos que atacam os indefesos?

No OGame, tu és o Imperador.

terça-feira, março 21, 2006

Mudanças


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões


E por isto, meus caríssimos amigos, é bom de ver a mudança em nós. O greendale respeita e é cúmplice de Camões nesta jornada que tem como, do princípio ao fim, fim o princípio da mudança.
Fiquem atentos.

segunda-feira, março 20, 2006

A verdade é esta:

segunda-feira, março 13, 2006

Metamorfoses


Acordar com o sol a invadir o nosso quarto é tão saudável quanto um cigarro após um café expresso, ou umas cervejas numa tarde de Verão.
O tempo mudou. A temperatura subiu da noite para o dia mais que o normal. O cheiro do mundo é diferente assim como as suas formas (pelo menos aos meus olhos). Os problemas que nos apoquentavam foram dizimados pela força rejuvenescedora do astro-rei. A Primavera veio anunciar a sua vinda lá convencendo o sol para que a acompanhasse no seu regresso sempre triunfal e os dois em pleno namoro, de mãos dadas, passeiam-se em nós. Olho-me ao espelho e vejo-os no meu sorriso espontâneo. Ela vem vestida de verdes plantas com flores de mil cores e ele de amarelo translúcido, uma luz que o Inverno, talvez por ciúmes, guarda constantemente atrás das nuvens... talvez esteja a ser injusto pois, a luz de Inverno encerra em si uma beleza extrema. Devo ter dito isto por já estar um pouco enjoado com tal quadro agradável. Desculpa-me, Inverno belo! Agora quero ter saudades tuas, e sei que as vou ter. Mas por enquanto dá-me um tempo de privação com a Primavera... quero tê-la por todo o meu tronco, em todos os ramos, em cada folha e ser eu ela e ela a Humanidade e as ruas da minha cidade.

sexta-feira, março 10, 2006

Para os que, como eu, são mais saudosistas vale a pena visitar o site http://www.misteriojuvenil.com/.

Ali podemos recordar (e viver) as grandes frases publicitárias dos anos 70 e 80 - que nos entraram sala dentro apresentando a pasta Couto, o restaurador Olex, as páginas amarelas ou as canetas Bic - e os genéricos dos programas televisivos - quem não se lembra do Tom Sawyer, do ursinho Misha, do David o Gnomo, do Topo Gigio ou de séries como O Justiceiro, Verão Azul ou MacGyver.

Sem dúvida uma tarde passada num baço colorido, tal como o eram os ecrãs das nossas televisões de então. Eu... quase chorei de alegria e... saudade!

quinta-feira, março 09, 2006

LITHUANIAN FROZEN SEA

Tenho um amigo lituano chamado Marius. Conheci-o quando estava na Bélgica. Nessa altura, eu morria de frio com a neve que caía e que via pela primeira vez na minha vida, isto apesar de já então ter passado os vinte anos. Pela mesma altura, ele passeava-se de forma primaveril e ria-se connosco, os latinos. Sim, ria-se não de nós mas connosco, pois apesar de vir do gelo o seu coração sempre estava quente e disposto a partilhar mais um sentido abraço. Daqueles abraços que só a verdadeira amizade nos permite dar.

Certo dia o Marius contou-nos que em Palanga, a sua cidade natal que está situada na costa lituana, os invernos eram tão rigorosos que atingiam os trinta graus negativos. Incrível mas não surpreendente. Facilmente se aceita esta verdade. Mas o que era absolutamente inacreditável era o mar congelado que dizia ocorrer nesses dias. "Marius!? Estás a gozar connosco! O mar não se congela! Não é possível! Tem demasiado movimento! Um lago sim se congela!" diziamos nós num estupefacto uníssono. Nos dias seguintes o "Frozen Sea" foi motivo para os mais diversos comentários e risadas. Ninguém queria acreditar.

Pois hoje conversei com o Marius na internet. Já há muito que isso não acontecia e há muito também que sentia a sua falta. Com a sua natural sensibilidade de pronto me enviou uma foto que deitou por terra uma anedota com mais de dois anos. Tirou-a esta mesma tarde.


As ondas costeiras congelam-se até uma distância de quase cem metros e, segundo ele, é usual as pessoas passearem-se por cima do gelo que se forma. Espectacular!

Este é apenas um dos motivos que me aumenta a curiosidade em relação à Lituânia. Um país recém-integrado na União Europeia, que apresenta um bom nível de vida e que é composto e construído por gente interessante e de bom coração. As cidades são maravilhosas e o campo de cortar a respiração. De facto, em cada canto de cada foto antevejo o ambiente de um verdadeiro conto de fadas.

quarta-feira, março 08, 2006

DIA DA MULHER?

Estimulado pelos escritos do saudoso Pedro (Sombra do Convento) e da inquieta Beatriz (Wisdom, that’s what I’ve aspired), dei por mim a pensar em algo que nem sabia ser hoje (ou talvez até terá sido ontem): o Dia da Mulher.


Reconheço e sou dos primeiros a apontar o dedo à descriminação feminina que "paira" na nossa sociedade, linguagem e linha de pensamento. Tento sempre, como professor, abordar os meus alunos sem que seja pelo género – no caso português, a palavra criança até tem um toque feminino, o que já não acontece com os “niños” espanhóis. No entanto, como cidadão comum que gosta e se deleita com o simples caminhar pelas ruas da vida, não faço o mínimo esforço para desenvolver qualquer tipo de percepção separatista no que toca a homens e mulheres. E porquê? Porque simplesmente é-me completamente indiferente que quem se me depara, do ponto de vista social, seja de facto homem ou mulher. Essa não é a grande questão. É-o sim a competência e os valores.

Reconheço também que há dificuldades históricas que requerem ser ultrapassadas e para os quais se há-de sempre lutar. E para os quais valerá sempre a pena. No entanto, também não acredito que é com supostos Dia da Mulher que a luta se desenvolve num sentido positivo. Dá-me a sensação que continua a haver alguém que gosta de falar ainda mais alto do que todos os outros. Por isso sinto a pouca sobriedade destas manifestações como o encaminhamento da nossa espécie rumo a um rotundo e quase anedótico vazio existencial.

Sou naturalmente homem e não aceito de ânimo leve lições de sensibilidade – essa que tanto se diz ser apanágio do coração feminino – e muito menos tenho sentido na minha vida diária algum tipo de descriminação favorável em relação à mulher. Seja na vida profissional, onde uma cara bonita está sempre mais bem colocada, seja na vida académica, onde há sempre uma colega que gosta de se supor a um professor mais do que devia, seja nas noitadas de que tanto gosto em que sou sempre eu que levo o cartão da casa, ou seja, quem paga (as "ladies night" não me deixam mentir). Mas, atenção, tenho consciência de que este é um caso particular e à minha escala pessoal.

Também não me lembro de nenhum dia do homem. Mas reconheço as atrocidades que os homens têm feito às mulheres (não digo “temos” porque não me incluo nem me identifico com essas tristes memórias). Por isso aceito que estas desenvolvam algum tipo de reivindicação Todavia, revejo neste caminho que escolheram trilhar uma postura fortemente “machista no feminino”.

Não consigo entender o conceito de igualdade – não só no caso do sexismo como também do racismo – quando o que vejo são nada mais do que diferenças. A questão está, obviamente, na aceitação e (con)vivência dessas mesmas diferenças, sempre com o sentido de respeito e a noção de complementariedade que as mesmas nos exigem e motivam.



Espero ansiosamente por um Dia do Ser Humano. E que esse dia seja todos os dias. Um dia em que o indivíduo – ou o duo-indivisivel (homem/mulher) – caminhe com as mãos fortemente dadas. Sem histerismos ou deslumbramentos desnecessários.

Atrasado, como sempre!


São quase vinte sete anos... que raio, este relógio não pára! Acho que já estou atrasado, como sempre. Ainda há uns dias tinha um jantar marcado para as vinte e uma horas e cheguei atrasado. Desculpo-me pensando: «Se eu fosse inglês é que devia estar preocupado...» . Segundo os padrões da nossa sociedade as horas do nosso relógio servem para nos orientar no que diz respeito ao timing de cumprir certos compromissos igualmente impostos pela sociedade. Aqui há pouca tolerância para com os atrasos e logo nos imputam o consequente epíteto de atrasados.
As razões para os atrasos pouco importam. Logo, os juízes apontam para o relógio apressando-se a frisar a possível irreversibilidade de certa tarefa. «Já passa da hora», dizem eles. Pior. Parecem satisfeitos por isso. Afinal de contas eles lutaram para chegar a horas. Não digo que tenham lutado contra alguma coisa, digo antes que lutaram para alguma coisa: para chegar a horas. Parte-se do princípio que quem não chega a horas é porque não lutou o suficiente. É mais simples dizer isto, não vão eles pôr-se a pensar nisso e perder tempo correndo assim o risco de chegar atrasados aos próximos compromissos. Isso não.
...Ora bolas...! Já estou atrasado para um compromisso que tenho marcado para as duas da tarde. Já estou a ver: Vão apontar para o relógio e chamar-me-ão de atrasado. E vá eu dizer-lhes que estive a reflectir um pouco.

terça-feira, março 07, 2006

VIVE LA FETE

Numa só nota podemos escutar a aridez das guitarras, o caos da electrónica e o exotismo do francês cantado no feminino. No fim, tudo se conjuga numa harmonia que nos embala frenética e energeticamente ao ritmo do mais puro dos urbanismos.

Vale a pena explorá-los!